sexta-feira, 11 de março de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Quando estamos de verdade envolvidos com alguém, nos tornamos dependentes, singular e frágil.Precisamos o tempo todo da companhia do outro, do amor, do carinho, do afeto e da compreensão.
Quando o amor nos flerta,tiramos o tempo livre para pensar, para tentar entender o que é amar...porém sempre é vão.Amar não tem explicação certa, muito menos teoria.É querer gritar "eu te amo" no meio da praça,é beijar teus olhos o tempo todo, é lhe desejar a cada toque,é te admirar de longe e ter vergonha de elogiar, é rir... e rir,é fazer planos para o futuro e realmente acreditar neles...é ser assim, um ser humano irracional e louco.
No entanto, como sempre me questiono, amar é ter aquela gotinha de medo e um oceano de emoção.Além do mais,para mim é acreditar no "pra sempre" e desejar que nossa estória seja infinita, que os nossos planos se realizem,que o nosso amor seja sempre assim colorido e vivo.
Entre esses tempos longos de romance, a inspiração hoje me falha, por simplesmente não ter ideia do que eu não falei, de não conseguir organizar em linhas minha felicidade e minha vontade de te ter comigo.
Enfim, esse longo tempo ainda é muito pouco para nós,já que necessitamos cada vez mais.
sábado, 13 de novembro de 2010
Maria,Maria!
Mistura a dor e a alegria... ♪
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida ♪
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Vi meu irmão morrendo. Estava ao seu lado. Ele dirigia e contava histórias de um amanhã que não chegou. Cantamos sozinhos naquela tarde tão longa. Nós dois. Eu tinha apenas 15 anos e, por milagre, sobrevivi. Vi seu soluço inconsciente, seu suspiro final. Tentei abraçá-lo, enquanto vozes se aproximavam. Meus braços não se moviam. A dor física era pequena diante da possibilidade da separação. Olhei-o com ternura. Separamo-nos. Meu irmão partia sem ter o direito de se despedir. Sem dizer o que gostaria que fizéssemos por ele. Apenas partiu. Minha mãe vestiu-se de preto por algum tempo. As sombras tomavam seu semblante, e gritos de dor eram entremeados por dias de silêncio. Meu pai era só silêncio. Em suas orações, lágrimas solitárias pediam a Deus que acolhesse o fruto do seu amor. A morte nunca tinha estado tão perto de mim. Acho que não pensava muito nela. Nos dias em que fiquei engessada, tentando recompor partes quebradas do meu corpo, quebrei-me em perguntas sem respostas. Por que ele partira e eu ficara? Era tantos porques? e nada de respostas.Chorei a certeza de não mais ouvir suas anedotas singelas e suas histórias . Fazia arte com simplicidade.